Ao todo, 646 práticas foram deferidas para participação nesta 17ª edição do Prêmio Innovare, que tem como tema destaque "Defesa da Liberdade". As mudanças de rotina impostas pela pandemia de Covid-19 não desanimaram os candidatos, que utilizaram a última semana de inscrições para intensificar a apresentação de trabalhos.
O Innovare entra agora na fase de entrevistas, que este ano serão online, através de agendamento pelo telefone celular registrado na ficha de inscrição.
"O resultado das inscrições nos impactou muito. Acompanhar o empenho e a motivação pessoal dos membros da Justiça Brasileira na realização das práticas é algo que nos dá novo fôlego e esperança", conta a coordenadora do prêmio, Raquel Khichfy.
"Recebemos práticas sobre vários assuntos, desde a criação de aplicativos para colaborar com o enfrentamento aos problemas em razão da pandemia como também práticas para o acolhimento de refugiados, adoção tardia e prevenção a violência doméstica", comemora.
O número de inscritos na categoria que recebe práticas da sociedade civil, a Justiça e Cidadania, foi de 189 práticas. A categoria Ministério Público recebeu 115 práticas, a Advocacia, 107, 99 práticas da categoria Juiz, 87 na Tribunal, 44 de Defensoria Pública e 5 oriundas do Portal de boas Práticas do Conselho Nacional de Justiça, na nova categoria CNJ-Gestão Judiciária.
Entrevistas online
Na semana passada o Innovare reuniu todos os seus consultores jurídicos para um encontro online de alinhamento sobre uma das fases mais importantes do prêmio: as visitas. Desde 2004, os organizadores realizam reuniões presenciais com cada um dos inscritos em todas as cidades brasileiras, para conhecer as iniciativas, verificar a forma de realização e conversar com pessoas atendidas pelos trabalhos.
Este ano, no entanto, o isolamento social recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) obrigou o Innovare a mudar o formato destes encontros.
"Teremos entrevistas online, através de videochamadas, que serão agendadas pelos próprios consultores, utilizando o número de celular cadastrado pelo autor da prática no formulário de inscrição", explica Raquel.
Os consultores são advogados experientes no atendimento e verificação das práticas. Alguns deles trabalham com o Innovare há mais de dez anos. As entrevistas começarão a ser agendadas a partir desta terça-feira, 12 de maio. Para a realização da videochamada, recomenda-se um local silencioso e bem iluminado. O candidato também deve preparar uma lista de pessoas que possam ser entrevistadas como referência para a prática.
"O consultor vai solicitar que o candidato envie contatos de pessoas que possam comprovar o sucesso da prática, além de endereços site de internet, fotografias, vídeos e demais registros que possam mostrar como funciona o trabalho", explica Raquel, acrescentando que a fase de entrevistas vai até o fim do mês de julho. Mais informações sobre a fase de entrevistas podem ser obtidas no regulamento publicado no site do Prêmio Innovare.
Sobre o Prêmio Innovare
Desde sua criação, em 2004, o Prêmio Innovare vem trabalhando para identificar e colocar em evidência iniciativas que trazem inovações e contribuem para o aprimoramento da justiça. Ao todo, já foram premiadas 226 práticas, entre mais de 7 mil trabalhos, em diferentes áreas da atuação jurídica. Todas as iniciativas selecionadas são incluídas no Banco de Práticas do Innovare. Elas podem ser consultadas gratuitamente no site, através de buscas por palavra-chave, edição e categoria em que foram inscritas, local de origem e status (premiada, homenageada ou deferida).
O prêmio conta com o apoio de instituições parceiras que colaboram para a credibilidade e prestígio da premiação. Entre elas estão a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (Anadep), Associação dos Juízes Federais (Ajufe), Conselho Federal da OAB, Associação Nacional dos Procuradores de República (ANPR), Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública, com o apoio do Grupo Globo.